01 março, 2011

A HISTÓRIA

Dabliu Junior e Robb Lima se conheceram em 1994, mas foram realizar a primeira parceria musical apenas em 2005. Após uma discussão adolescente, ficaram três anos sem conversar, voltando a amizade em setembro de 2005. No mesmo dia em que reataram a amizade, surge a primeira parceria, que viria a dar existência mais tarde à banda Metaphorica.

A primeira parceria entre Dabliu Junior e Robb Lima ficou conhecida como a banda Undercore, que sendo uma banda exclusivamente de estúdio, nunca chegou a se apresentar ao vivo. A primeira música criada no mesmo dia em que os dois amigos reataram a amizade foi “Lápis e Papel”. A partir daí, os dois passaram a tocar praticamente todos os dias, criando e adquirindo consistência na identidade da banda. Desta época surgiram músicas como “Memórias”, “Te Perdi”, “Começou Assim” e “Consciência”. Assim foram os anos de 2005 e 2006. Ainda em 2006, músicas como “Amnésia”, “Fim da Rota”, “Inexplicável”, “O Tempo”, “Reticências”, “Tarde Pra Voltar Atrás”, “Invulnerável”, “Meus Pensamentos, e “Nasceram Para Serem Machucadas”, compuseram a primeira demo “Undercore – Medo do Mundo”, e foram no futuro canções tocadas pela Metaphorica.

No final de 2006, Dabliu Junior e Robb Lima mudam o nome da banda para “Metaphorica”, em alusão às letras que utilizavam metáforas para se expressar, e passam a procurar músicos para que a banda pudesse realizar apresentações ao vivo. É quando surge o primeiro contato com o primeiro baterista da Metaphorica, que traz para a banda Hery Jacob, e o primeiro baixista.

O primeiro ensaio da banda aconteceu no dia 28 de Janeiro de 2007, e a primeira música ensaiada foi “Invulnerável”. 2007 foi um ano de desenvolvimento e composição para a banda, que foi realizar o primeiro show realmente relevante no dia 09 de Setembro. Apesar da formação com cinco integrantes, a composição ainda ficou por conta de Dabliu Junior (letras e música) e Robb Lima (música). Neste ano a nova música criada por eles, “Memórias do Último Dia”, foi a responsável por colocá-los com algum destaque no cenário underground independente. Além das últimas músicas criadas ainda na Undercore, e “Memórias do Último Dia”, surgiram nesta fase “Depois do Princípio”, “Uma Última Palavra”, e “Medo do Mundo”. A maioria destas músicas está na primeira demo “Um Pouco Mais Do Que Nós Somos”, de tiragem muito pequena, gravada ao vivo, mas que esgotou rapidamente.

Em outubro deste ano começa a parceria que durou 3 anos, com o Espaço Cultural 92 Graus. Desta parceria, renderam para a banda diversas participações em festivais de destaque com bandas independentes, além do contato direto com músicos experientes, jornalistas, e outros profissionais da área artística.

2008 foi um ano de muitas mudanças. A banda entrou em estúdio para gravar seu primeiro single profissionalmente produzido, “Infância Perdida”. Neste single, além das faixas “Infância Perdida” e “Memórias do Último Dia”, uma faixa multimídia exibia um vídeo musical com imagens das gravações e de shows, além de fotografias pertencentes à sessão usada no encarte. A tiragem de 200 cópias esgotou em poucos meses, e outras 200 cópias foram vendidas logo depois. As duas faixas foram as primeiras da banda a serem tocadas no rádio. Neste ano, o primeiro baterista da banda se desliga por motivos de divergência musical, e a banda prossegue com um novo baterista, que também não permaneceu na formação. Apesar da troca de músicos, a essência da banda permaneceu a mesma, apenas alterando a sonoridade por conta das mudanças propositais por Dabliu Junior e Robb Lima, sendo estes os únicos compositores na época.

Em 2008 além das faixas do single, foram criadas músicas como “Sinais”, “O Oposto do Que Eu Era”, “Não Leve À Sério O Que Você Não Vê”, “Não Estamos Sozinhos”, “O Bem e o Mal”, “Paredes Invisíveis”, e a premiada música “Dezoito Anos”, que possui mais de 13 minutos, 128 versos, 747 palavras, participou do Festival Poético de Cornélio Procópio, ganhou o segundo lugar no “Concurso de Conto e Poesia das Faculdades Santa Cruz”, teve destaque jornalístico da Gazeta do Povo quando a banda participou do Festival “Curitiba Calling”, e foi tocada ao vivo apenas uma vez.

Em 2009 a banda foi convidada para participar do Festival “Curitiba Calling”, o maior festival de música independente que durou 3 dias, com bandas da Alemanha, Rio de Janeiro, Umuarama e Curitiba. Neste ano ainda, Dabliu Junior e Robb Lima realizaram alguns pocket-shows acústicos. Por não se adequar, o baterista sai da formação, e dá lugar para Alexandre Hanke, que permaneceu na formação até o fim. São deste ano as músicas “Quando Se Nasce Cego”, “Seres Humanos” e “A Menina e o Poeta”. Ainda em 2009, com “Quando Se Nasce Cego” a Metaphorica se classifica para o Festival Kaiser Sound 2009, entre as 20 melhores bandas de rock de Curitiba.

O fim de 2009 foi um ano de grandes mudanças para banda. Em Dezembro de 2009, numa reunião para decidir qual caminho tomar com a banda, Dabliu Junior e Robb Lima resolvem mudar a sonoridade, alterando o círculo até então intacto de composições apenas entre eles, para incluir agora o novo baterista Alexandre Hanke, que passou a participar ativamente do processo. Dentre estas decisões, Dabliu Junior resolve não mais utilizar as centenas de escritos reunidos nos últimos quatro anos, para começar do zero as novas letras a serem utilizadas na banda.

Assim, logo no início de 2010, assinadas por Dabliu Junior (letra e música), Robb Lima (música) e Alexandre Hanke (música), surgem “A Magnis Maxima”, “A Flauta Mágica”, e “Quintessência”. As três canções foram apresentadas num repertório de mais de 60 minutos no primeiro show da banda fora do limites da capital, em Rio Negro, onde a banda também divulgou sua música nas rádios de Rio Negro e Mafra em Santa Catarina. Após o último show realizado no agora extinto Espaço Cultural 92 Graus, o baixista deixa a banda, dando lugar para Sérgio Souza, que é integrado oficialmente à banda em outubro de 2010.

Em agosto de 2010 a banda começa a traçar o esqueleto do que seria o primeiro EP da banda, “Speculum”, e entra em estúdio para a gravação do novo single “A Magnis Maxima”. “Speculum” seria lançado ainda em 2010, mas a banda foi mais uma vez, agora com “A Magnis Maxima”, classificada para o Festival Kaiser Sound 2010, e teve que adiar seus planos para o final do ano. Neste ínterim, a banda foi convidada para o programa Upload da TV Transamérica, onde durante meia-hora a banda falou do seu novo trabalho a ser lançado em 2011 “Speculum”, sobre a participação da banda no Festival Kaiser Sound, e Dabliu Junior, Robb Lima, e Hery Jacob tocaram “A Flauta Mágica” e “Quintessência” de forma acústica.

No entanto, após dois meses de reuniões e conversas, no dia 13 de Fevereiro de 2011, a banda anuncia o fim no blog oficial, cessando assim os trabalhos em andamento, e uma carreira de 6 anos. Os motivos que levaram a banda a cessarem seus projetos foram vários, explicados detalhadamente em um post oficial (http://bandametaphorica.blogspot.com/2011/02/musicos-da-metaphorica-anunciam-fim-da.html), no entanto o fim da banda foi completamente amigável e fez parte de um processo natural em que cada um deveria seguir seu caminho. Ainda assim, apesar de ter acabado, a Metaphorica deixa registrada uma história muito bonita, de muitas vitórias e de grandes amizades que se formaram. Quanto ao futuro, a banda não descarta trabalhos em conjunto nos trabalhos individuais de cada um, mas também não vê sentido em anunciar que pode voltar a se reunir mais tarde.


DEMOS:

Undercore – Medo do Mundo (2006)

Metaphorica – Um Pouco Mais Do Que Nós Somos (2007)

Metaphorica – Single “Infância Perdida” (2008)

EP:

Metaphorica – Speculum (2011) (não lançado)

SINGLES TRABALHADOS:

Invulnerável (2007)

Infância Perdida (2008)

Memórias do Último Dia (2008)

Quando Se Nasce Cego (2009)

A Magnis Maxima (2010)